Eram tempos de revolução industrial, com forte presença britânica, que logo fundaria, em 1893, em ata escrita a mão, o Genoa Cricket and Football Club, o clube mais antigo da Itália.
Onde joga o Matuzalém. Chegou aos 19 anos ao futebol italiano, que ele considera ser o mais avançado em sistemas táticos.
“Vários treinadores que eu conheci trabalham muito taticamente a face defensiva do time”, diz.
A força da defesa. “É parte de nossa cultura, do nosso modo de jogar. Produziu grandes defensores, nossa mentalidade é muito voltada para o setor defensivo”, afirma Franco Baresi.
Franco Baresi. Em três Copas do Mundo, a pior colocação foi um terceiro lugar, em 90. Um dos maiores ídolos do país era zagueiro. O último italiano coroado melhor do mundo pela Fifa, em 2006: Fábio Cannavaro, zagueiro.
Neste torneio pra 1.500 jovens, espalhados em oito campos de uma escolinha de futebol de Milão, comemora-se, lamenta-se, chora-se, consola-se. Mergulha-se para um público ainda pequeno, festejam-se títulos. Um domingão de muito futebol para vovôs, mamães e papais italianos.
Os italianos são consumidores vorazes de noticiário esportivo. Rádios, TVs, jornais dedicam grande espaço ao futebol. E a abordagem em geral é equilibrada, imparcial. Ou não.
Sério, compenetrado. Sisudo? Um italiano elevado ao cubo. Tiziano Crudelli é um jornalista famoso por se declarar abertamente, escandalosamente, ao clube do coração, o Milan.
“Minha família se envergonha quando me manifesto, sou irrefreável, não mudo mais, sou assim”, diz.
Ah, o futebol na Itália! Cabe em qualquer quarto de criança. Oito anos. Chuteiras pra fora do armário, três vezes por semana. Emanuelle e Irene, de dez anos: irmãos, jogadores.
Irene com a turminha dela e o Emanuelle domina no peito e toca. E olha pro lado e então... Quer continuar no treino, mas está doendo. O rosto, muito vermelho. Os amiguinhos trazem o afago. E o Emanuelle continua, agora com um colete maior que ele.
Em casa, o pai vai passando o álbum onde o Emanuelle já é notícia em recortes de jornais. Logo chega às páginas em branco. Reservadas para o futuro.
O futuro. Uma aposta para Emanuelle, para Alan, para o Giovani... E para toda a meninada desse país de gente expansiva, que fala com as mãos. E com os pés. Porque essa também é uma especialidade italiana
Jornal Nacional - Edição do dia 08/06/2013
Con il reporter Tino Marcos (Globo TV- Rio de Janeiro)
e l'opinionista Tiziano Crudeli
nello studio di Diretta Stadio (Tv 7 Gold)
Rai 1, 22 luglio 2014
Italia-Brasile L'azione è partita!
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8 giugno 2006
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